quarta-feira, 24 de abril de 2013

Abril não é só nome de mês!

Somos, nos nossos dias, confrontados com uma corrente de falsificação da história recente do nosso país. O regime fascista de Salazar e Caetano, a PIDE, a Guerra Colonial., as prisões e os campos de concentração, existiram! A PIDE e as polícias torturaram! Tendo a consciência de que sobre este tema (como sobre outros) não há opiniões neutras, recuso-me a pactuar com os "manuais escolares" que inundam as nossas escolas e que mais não fazem do que "moldar" o pensamento dos nossos jovens à verdade de classe dos que dominam os principais meios de comunicação e os comentadores de serviço da rádio e da TV.


Deixo-vos um importante texto de Álvaro Cunhal, do qual se comemora o centenário (ver aqui).
 
publicado na Revista Vértice nº 59, de Março-Abril de 1994
 



 

terça-feira, 23 de abril de 2013

"Somos Livres" no "Portugal Ressuscitado"

No dia 25 de Abril conquistavamos a liberdade, que foi cantada de diversas formas, em muitas cantigas. Esta é uma das que ficou gravada para sempre no imaginário até das crianças mais pequenas.
E é urgente que se conte às crianças e aos jovens o que foi na realidade a Revolução de 25 de Abril de 1974, para que todos fiquem a saber que havia um regime fascista, que foi deposto pelas armas. e que o 25 de Abril é uma revolução inacabada. Querem ouvir e recordar?
 
e
 

domingo, 21 de abril de 2013

"As portas que Abril abriu" Ary

Não me canso de lutar por manter abertas estas portas que o poeta tão bem cantou. Desejo manter sempre a lucidez para pôr Abril em tudo o que faço! Não me calo! às vezes até grito. Se calhar demais, mas por amor a este Abril que quero de portas abertas!...
 
 

 
 

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Listas de "cidadãos independentes"

Porque surgem, cada vez com mais frequência, listas de cidadãos independentes? Listas de gente que fez as maiores trafulhices e que por isso já não é “cómoda” para os seus partidos de origem; Listas de oportunistas que não encontram lugar em nenhum partido (nenhum partido os quer); Listas de ressabiados com os seus anteriores partidos, que já não os querem como candidatos; Listas que são compostas por cidadãos que dão uma péssima imagem do exercício da “política”; Listas de cidadãos que fazem a apologia da “filosofia antipartidos”; Listas de cidadãos que não se revêm nos partidos e nas suas propostas; Listas que juntam um pouco de tudo, com predominância destes ou daqueles… Etc.
Creio que o fundamental de uma sociedade é a estrutura partidária, considerando que os partidos são o reflexo das diversas ideias de classe. Mas também é um facto que numerosos cidadãos não se revêm em nenhum partido. Além disso, as sociedades são atravessadas por uma crise que toca todos, inclusive os partidos, constituídos por homens e mulheres, seres sociais.
E se, por um lado os “sem vergonha” campeiam impunes, os oportunistas revelam as suas facetas sem escrúpulos, e por isso vão merecendo cada vez menos crédito, por outro lado, muitos cidadãos honestos vão tendo dificuldade em se rever nos erros sistemáticos cometidos por aqueles que, eleitos por diferentes partidos, praticam na gestão crivada de erros.
Facilmente chegamos a uma situação em que o populismo dos “sem vergonha” e dos oportunistas ainda colhe votos e mandatos, e a uma situação em que confiamos (ou não) nas propostas dos partidos.
Creio que as propostas que se encontram mais fundamentadas são aquelas que os partidos apresentam. Se e quando elas resultam e são reflexo das suas normas e vidas internas! Quando assim não acontece, creio que assistiremos cada vez mais ao surgimento de listas, ditas de cidadãos independentes, que, não se opondo aos partidos, concorrem contra eles.
Numa altura em que se aproximam as eleições autárquicas, cabe a cada cidadão (ser social sujeito a toda a informação/contrainformação/manipulação/etc.) perguntar aos partidos (a cada partido “de per si” e a todos em conjunto), se acham que andam a trabalhar tal como está previsto nos seus (de cada um) normativos internos e qual a opinião que têm relativamente ao surgimento de mais “candidaturas independentes”.
Creio que, em muitos casos, o aparecimento de “candidaturas de cidadãos independentes” é um fenómeno conjuntural e resulta da incapacidade dos partidos mergulharem (a sério) na sociedade e aí encontrarem a verdadeira legitimação para aquilo e aqueles que propõem. Em alguns casos, as matrizes ideológicas partidárias não deixam margem para dúvidas. Entretanto, têm-se gerado fenómenos de afastamento das massas e dos próprios militantes. Linha que urge corrigir! Sob pena de os partidos não poderem reivindicar-se de representantes de classe, nem de vanguardas nas quais as massas se revêm. Creio que teremos de estudar e mudar esta realidade!
Os que são alheios ao povo e às suas necessidades e anseios, vivem assim menos mal. O que eles pretendem é que os outros se percam…
 
 
 

domingo, 14 de abril de 2013

Porque não se fala da Islândia?

Islândia… pouco se tem falado deste país e das medidas que os seus dirigentes políticos têm tomado para fazer sair o país da crise. Deixo-vos um discurso de Már Guðmundsson, que é o governador do Banco Central da Islândia.
Vale a pena ler e meditar, sobretudo para percebermos mais uma vez, que os governantes do nosso país renunciaram à mais elementar postura patriótica! Vêr aqui:
 
 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

As troikas contra o povo: mitos, mentiras e ataques

O Tribunal Constitucional chumbou o que Passos Coelho propunha e que afrontava a Constituição. Mas há mais na governação do Governo PSD/CDS que afronta a Constituição! Cada vez mais patriotas quebram o silêncio e manifestam-se contra este desgoverno. O próprio Presidente da República não fica de fora das críticas. É urgente a demissão deste governo, a convocação de eleições e a rutura com o pântano de crime organizado contra o povo português, protagonizado pela "troika" internacional e implementado ou tolerado pela troika nacional (PSD | CDS | PS)!
"O que é insustentável e inaceitável é uma politica recessiva aplicada em Portugal em plena recessão económica, que está a causar uma quebra acentuada nas receitas do Estado e nas contribuições da Segurança Social, o que põe em perigo não só a sustentabilidade das funções sociais do Estado mas a do próprio Estado. Mais cortes na despesa pública só agravam a situação. Como dizia Keynes, só os imbecis é que não entendem isso." Eugénio Rosa "trata os bois pelos nomes" e desfaz OS MITOS E AS MENTIRAS DA DIREITA NO ATAQUE AO “ESTADO SOCIAL” (lêr aqui)
 




quinta-feira, 4 de abril de 2013

O euro, a dívida e as opiniões diferentes

Em Portugal, como aliás por essa Europa (e mundo), as opiniões veiculados pelos “mídia“ coincidem, porque raramente são divulgadas outras que não as dos serventuários do sistema. Mas o mundo em que vivemos precisa de cidadãos bem informados! Cidadãos te tenham disponível toda uma diversidade de análises acerca dos problemas atuais.
A crise do euro entra-nos em casa geralmente através da opinião dos representantes da grande finança mundial. Mas há quem pense de modo diverso! Há quem, desde a adesão do nosso país à moeda única, tenha alertado para as consequências da adesão.
Partilho convosco um conjunto de intervenções que, apesar dos acordos ou desacordos que possam suscitar, constituem importantes elementos para reflecção.
No âmbito da Campanha Nacional do PCP "Por uma Política Alternativa, Patriótica e de Esquerda", realizou-se o debate "O euro e a dívida – défices estruturais", em Lisboa, a 19/Março/2013.
Nele participaram Agostinho Lopes, João Ferreira do Amaral, José Lourenço, Octávio Teixeira e Jerónimo de Sousa.
 
 
 

terça-feira, 2 de abril de 2013

"Saudades... não têm conto"

“Saudades… não têm conto – cartas da prisão para o meu filho Toino” é uma “coletânea de pequenos textos e desenhos dirigidos a uma criança, marcados pelo carimbo da Censura dos carcereiros fascistas”. Foram escritos por António Dias Lourenço e dirigidos ao seu filho Toino.
Mantive com António Dias Lourenço vários contactos, quando, a dada altura da sua vida, tinha como tarefa transmitir às gerações mais novas a sua riquíssima experiência de ser humano e de comunista. Quando se deslocava à Marinha Grande e região, era em minha casa que dormia. No dia 7 de agosto de 2013 completar-se-ão três anos do seu desaparecimento.
Jamais conseguirei apagar em mim a memória de ADL. Visitei com ele a Prisão do Forte de Peniche. Contou-me detalhadamente a sua espetacular fuga. Contou-me a última vez que ali tinha estado com o seu filho Toino, que viria a falecer pouco tempo depois… Contou-me tantas coisas que guardo honrosamente nos arquivos da memória…
Ao recordar todos os curtos mas intensos momentos que vivi com aquele Homem, dou-me conta de que vamos perdendo muitos dos traços caraterísticos comuns aos homens e mulheres que, na longa noite fascista, fizeram a resistência em Portugal. A humildade, o espírito de sacrifício, a entrega total e sem reservas à causa, o profundo sentimento de solidariedade e humanidade, a simplicidade… Podemos hoje ter o peito negro de batermos com o punho na nossa afirmação de comunistas. Mas vai faltando o sentimento solidário e humano que nos legaram as gerações que tinham as costas negras das porradas que apanharam por lutarem por um amanhã melhor.
"Saudades… não têm conto”. Por ti e pelo teu exemplo. Tanta falta que nos fazes, António!
 
Na foto, ao meu lado esquerdo António Dias Lourenço e António Tereso (um dos protagonistas da Fuga de Caxias)
 
 
 
Um dos postais que ADL escreveu ao seu filho Toino