quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Transparências...

Sem pretender "rapinar" leitores ao JMG, não posso deixar de recortar o seguinte, impresso "às páginas tantas" na edição desta semana do JMG:
 

 
 
Não coloca o JMG nenhuma objeção ao apoio concedido (a conceder) ao Tocándar, no que se refere às instalações no Parque Mártires do Colonialismo. Aliás, refere, "até se devia ir mais longe." Não compreende o diretor do JMG "as razões objetivas do negócio".
Pois quanto à cedência do espaço, que não põe em causa, o diretor do JMG tem a mesma opinião que milhares e milhares de cidadãos deste país e de outros! De facto era inconcebível que esta terra não garantisse o mínimo de condições a este projeto, com as múltiplas valências que tem!...
Mas quanto ao "negócio", está o diretor equivocado. O Tocándar e eu próprio vendemos espetáculos, mas não nos vendemos! Não há "negócio" connosco! Essa forma de o diretor do JMG "ver" as coisas, não faz parte da nossa forma de estar na vida.
É verdade que esta composição do executivo municipal colocou na ordem do dia a resolução deste problema. É seguramente verdade que os tais "vereadores do PCP" agarraram o problema no sentido da sua resolução. Mas já o "presidente do PS" no anterior executivo, tinha iniciado a solução que agora se avança. Estava era "demorada" a coisa... Além disso, creio ser justo sublinhar que os vereadores das restantes forças representadas no executivo também apoiam a resolução desta questão.
Somos claramente a favor da definição de critérios para tudo o que são apoios do município.
Mas é com alguma estranheza que registamos a ausência de opinião do diretor em relação a cedências de espaços a outras entidades. Ou a disparatadas correlações entre  filiações partidárias vs cedências de instalações. Os projetos que se desenvolvem na nossa terra ou têm mérito ou não têm mérito, independentemente da filiação política ou crença religiosa de quem os desenvolve.
Analisar as questões de outra forma é foleiro. Rasteiro. Dispensável...
 
 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Não contam com o meu olho!

 
Pela dignidade! Os meus colegas merecem respeito! Não contam com o meu olho!
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

O centro histórico (muito mais morto que vivo): que fazer?

Dinamizar o “centro histórico” da Marinha Grande é uma tarefa urgente. Já diversas vezes abordei o tema, procurando dar algumas contribuições. Algumas delas foram integradas no Programa Eleitoral da CDU no ano 2005. Outras têm sido divulgadas na comunicação social, neste blog e por outras formas.
Creio que a intervenção deverá ser complexa, envolvendo três dimensões principais: a cultural, a turística e a económica.
Trazer ao centro insufláveis e alguma animação musical/teatral, não é suficientemente atrativo. Impõe-se, portando, o planeamento de uma intervenção eficaz que, abraçando uma grande diversidade de experiências e ideias, altere radicalmente a realidade.
O comércio existente é geralmente de má qualidade, salvando-se raras e honrosas exceções. É, portanto, necessário, para além de um programa cultural desenvolvido com regularidade, povoar o centro com novos comerciantes, que não têm, no imediato, possibilidade de se instalar em lojas e que por isso deverão ficar instalados na rua. Avanço algumas contribuições. A CMMG deverá:
  • Conceber um modelo de banca/tenda a ser utilizado por todos os que pretendam vender no centro;
  • Criar um regulamento para as vendas, não permitindo a comercialização de determinados produtos (“sub-produtos”) e promovendo a venda de artesanato de qualidade, produtos agrícolas biológicos e de produção própria, excedentes de produção pessoal, produtos característicos da região, doçarias tradicionais, etc.
  • Criar rua/ruas com conforto para as vendas, colocando coberturas;
  • Criar um regime especial de taxas (até a isenção) para os vendedores;
  • Continuar a estimular os proprietários dos edifícios existentes para a sua remodelação, aluguer ou venda;
  • Conceber um programa de animação cultural regular e itinerante entre os espaços e praças do centro;
  • Promover a realização de eventos direcionados para as crianças e a juventude.
Aspeto importante serão alguns eventos que marquem picos da ação, sejam eles feiras temáticas ou mostras de produtos e serviços.
Tudo deverá ter a promoção mediática adequada.
 
Uma ideia: fazer a reconstituição do mercado da Marinha Grande, que se fazia ao ar livre na Praça Stephens, com as vendedeiras e os burros e do qual existem algumas fotografias.
 

 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

As casas: da cultura, da música e de outras coisas

Na Marinha Grande entrámos numa certa “espiral das casas". As duas mais recentes de que ouvimos falar foram a casa da cultura e, agora, a casa da música.
Efetivamente existem na Marinha Grande há dezenas de anos “casas de cultura” e “casas de música”. Cada edifício de uma coletividade tem sido, em maior ou menor grau, com mais ou menos condições, uma casa de cultura e uma casa de música (de e não da). Estas casas têm sido, geralmente, muito mais que isso. É por elas que tem passado parte essencial da nossa cultura e vida coletiva. São elas que deverão estar na primeira linha de intervenção, no sentido de fortalecermos o combate permanente em defesa das nossas identidades.
Casa da música ou da cultura (das duas coisas juntas ou separadas), seria aquele edifício (ou conjunto de edifícios) constituídos por “células” (sala/salas polivalentes, auditório/auditórios, cabines insonorizadas, salas para ensaios de naipes - grupos de diferentes instrumentos, salas de espelhos, gabinetes de trabalho, camarins, etc.) onde pudessem coabitar distintas formas de intervenção artística (música, canto, dança, fantoches, robertos, artes tradicionais, etc.) desde as tradicionais e de identidade, às mais eruditas e clássicas.
Com casas de tanta coisa projetadas, continua a ser complicado realizar um ensaio de uma banda de garagem ou de um grupo, mais ou menos profissional, em condições satisfatórias tanto para os músicos, como para as vizinhanças.
A chamada “Casa da Cultura”, que estará na fase final de construção, constituída pelo Teatro Stephens e por aquela “coisa grande”, que tem uma altura desnecessária e injustificada, só fará sentido se apoiar a sua atividade numa política global para a cultura (as culturas), que necessariamente terá de emergir do tecido associativo e das escolas.
O edifício que vai sofrer obras de ampliação no Parque Mártires do Colonialismo, não é verdadeiramente uma casa da música, porque não tem as condições adequadas a essa finalidade. Mais depressa seria um “centro de apoio a atividades juvenis” (núcleo de uma rede que em tempos propus). Esse edifício, propriedade do município e que deverá ficar à responsabilidade do Tocándar, será constituído por algumas salas de pequena dimensão, com a finalidade de nelas se guardarem instrumentos, podendo, numa das salas, realizar-se ensaios, de forma controlada. Entendemos por isso que “casa da música” é um nome que não se ajusta.
É urgente intervir, designadamente ao nível das crianças e dos jovens. Mas, se não existir uma política para a cultura, com casas ou sem elas, teremos mais do mesmo, pese embora as boas práticas que se conhecem e o empenhamento de diversos ativistas da “coisa cultural”.
 
 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Madiba

Aprendi o teu nome, Mandela, era ainda um jovem empenhado na luta contra o fascismo. Logo depois de Abril, na Bulgária, tive contacto com dezenas de compatriotas teus, estudantes como eu, que carinhosamente te chamavam Madiba, como o teu povo… Cantámos juntos canções de luta e em tua homenagem. Naquela língua dos estalos, da tua terra.
Com o combate chegou a tua libertação. Fizeste tantas coisas!... Deste exemplos! Combateste! Acrescentaste mais argumentos às lutas dos povos.
Hoje, despedimo-nos de ti. Mas estamos certos de que muitos dos que connosco cantaram e outros mais, continuarão a empunhar as bandeiras pelas quais lutaste, desde os tempos em que assumiste que era justo lutar com armas, contra quem com armas oprimia os povos.
Celebramos-te com música e vida, companheiro. Camarada!

Para que não se apague a memória
Quando em 1987, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, com 129 votos, um apelo para a libertação incondicional de Nelson Mandela, os três países que votaram contra foram os Estados unidos de Reagan, a Grã-Bretanha de Thatcher e o governo português de CAVACO SILVA.

 
 

Tocándar - a sede: será desta?

Ontem (2013.12.04), revi a planta do que poderia ser a sede do Tocándar e que me tinha sido apresentada no final de 2011, com a promessa de que estaria concluída no verão de 2012.

Trata-se do edifício que foi sede do Clube de Ténis, no Parque Mártires do Colonialismo, que tendo dimensões diminutas, não serviria sequer para guardar o espólio do Tocándar, quanto mais servir para local de ensaio (o tal local debaixo de telha que reclamamos há muito…).

Continuamos a defender que haveria melhores alternativas, mas que esta pode ser uma solução. Foi com esta solução que decidimos trabalhar.

O projeto que ontem vi, não tinha ainda acolhido as propostas que eu tinha apresentado e que tornariam utilizáveis as instalações, designadamente as propostas de aumento da superfície construída de forma a criar espaços cobertos e fechados e espaços só cobertos.

As informações veiculadas pelo jornal Região de Leira (ver aqui), que teriam sido prestadas pelo presidente da CMMG, não são rigorosas: não há projeto de arquitetura aprovado; não estamos, portanto, na fase de elaboração dos projetos de especialidades. É esta a verdade, tal como eu tinha sugerido em anteriores post’s.

O que é necessário e urgente fazer neste momento é:

  • Elaborar o projeto de arquitetura, que acolha as propostas por mim apresentadas e que foram aceites;
  • Elaborar os projetos de especialidade;
  • Lançar a obra e executá-la.

O projeto de arquitetura pode ser executado por técnicos do município. Os projetos de especialidades terão de ser executados em gabinete especializado, exterior aos serviços. Todo este processo pode estar pronto em pouco meses. Poucos meses quer dizer três meses.
Havendo vontade política, até ao verão de 2014 podemos ter as obras a decorrer no local.
É para isso necessário que o Plano de Atividades e o Orçamento para 2014 contemple as verbas necessários à execução da obra!
Temos a convicção de que este Executivo Municipal terá todas as condições para aprovar por unanimidade esta proposta.
Estaremos cooperantes, mas vigilantes. Não nos caiu bem, neste passado recente, as faltas à verdade, os "esquecimentos", e as “conversas fiadas” por parte de alguns (apenas alguns) intervenientes no processo. Os compromissos a que chegámos com o Presidente da CMMG deveriam ter sido cumpridos por TODOS!...
Parece que finalmente conseguimos convencer e foram criadas as condições para se dar mais um passo na concretização deste objetivo!
Tudo isto é mérito principalmente do grande coletivo de jovens que, ano após ano, tem demonstrado que vale a pena trabalhar!
 
 
Proposta apresentada e aceite, na qual são visíveis as áreas existente e a construir