Entrevista a Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP, a propósito do XIX congresso do Partido.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Orçamento de Estado: cortar mais no nosso futuro?
Afinal há outros caminhos! Aqui está um caminho credível!
"Em conferência de imprensa, o PCP divulgou hoje um conjunto de propostas que demonstram como é possível fazer um Orçamento do Estado contrário ao apresentado pelo governo."
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Pedro, o "drone" da Chanceler
Pedro Passos Coelho, primeiro
ministro de Portugal, é um drone da chanceler Merkel! Para perceber, basta
substituir na leitura do texto “Veículo Aéreo Não Tripulado | UAV | Drone” por Passos Coelho! Vamos
tentar?
“Um Veículo Aéreo Não
Tripulado, também chamado UAV (do inglês
Unmanned Aerial Vehicle) ou VANT e comumente conhecido como drone,
é todo e qualquer tipo de aeronave que não necessita de pilotos embarcados para ser
guiada. Esses aviões são controlados à distância, por meios eletrônicos e
computacionais, sob a supervisão e governo humanos, ou sem a sua interveção,
por meio de Controladores Lógicos Programáveis
(PLC). Também pode ser chamado como "Veículo Aéreo Remotamente Pilotado"
(VARP).
Inicialmente, os VANT foram
idealizados para fins militares. Inspirados nas bombas voadoras alemãs, do
tipo V-1,
e nos inofensivos aeromodelos rádio-controlados, estas máquinas voadoras de
última geração foram concebidas, projetadas e construídas para serem usadas em
missões muito perigosas para serem executadas por seres humanos, nas áreas de
inteligência militar, apoio e controle de tiro de artilharia,
apoio aéreo às tropas de infantaria e cavalaria no campo de batalha, controle de mísseis de cruzeiro, atividades de
patrulhamento urbano, costeiro, ambiental e de fronteiras, atividades de busca
e resgate, entre outras.
Atualmente, o desenvolvimento
de pesquisas e fabricação de VANT são realizadas e estimuladas, principalmente,
por militares estadunidenses, pelas Forças de Defesa de Israel e pelas
principais forças armadas do mundo.”
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Portugal: três objetivos
Vivemos um tempo que exige uma clara definição de objetivos a todos os que se opõem ao desmantelamento do nosso país! No atual contexto, é possível em Portugal um governo menos reacionário, mas não um governo progressista.
Arrisco-me a contribuir para a definição de três objetivos fundamentais, que deverão congregar à sua volta forças políticas, movimentos e personalidades patrióticas:
- Sair do euro, reintroduzindo o escudo;
- Desvalorizar o escudo e relançar a economia;
- Renegociar a dívida.
Mas uma conceção revolucionária da nossa realidade, não pode quedar-se por aí! É imprescindível deixar claro que o inimigo é o capitalismo e que este é irreformável. A rutura com essa engrenagem, para produzir efeitos, para ser real, terá de ser uma rutura contra o sistema.
“Ao longo da História, muitas gerações bateram-se por transformações revolucionárias que não se produziram durante as suas breves existências. Mas o seu compromisso era com as ideias e não com o calendário. Revoluções tão importantes para o progresso da Humanidade como a Francesa de 1789 e a Russa de 1917 não teriam sido vitoriosas sem a luta, a dedicação, o debate de ideias de uma extensa, maravilhosa cadeia de revolucionários que as imaginaram e para elas viveram.” (Miguel Urbano Rodrigues)
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
A GRANDE Greve Geral e o resto...
Como já aqui foi dito (e toda a gente diz) assistimos no passado dia 14 a uma das maiores Greves Gerais jamais realizadas no nosso país. Para além do nosso país, outros países estiveram também em luta, de forma diversa. Este é o aspeto mais importante e aquele que todos os meios de informação ao serviço dos lacaios do império tentaram escamotear. Entretanto prosseguem as declarações e as interpretações acerca das cargas policiais após a manifestação convocada com a Greve Geral. Não há dúvidas de que alguma coisa, muito mal esclarecida ainda, se passou... Aqui existem algumas análises e cenários... Mas "para bom entendedor, meia palavra basta"!...
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Viva a Greve Geral!
A Greve Geral foi uma das maiores de sempre! Estivemos muitos! Mas é claro que podiamos estar mais!... Aos meus colegas (professores) que diziam que "uma semana é que era, por isso não faço!" ou "aos exames é que era, por isso não faço" ou ainda "estamos a meterlhes dinheiro no bolso, por isso não faço" eu exprimo o meu respeito pela sua decisão. Mas... porque raio temos de inventar justificações, quando não estamos convencidos de que são justos (mais que justos) os motivos que levaram à convocação desta Greve Geral? Porque raio havemos de andar todos os dias a protestar, se quando somos chamados e demonstrar o nosso descontentamento, arranjamos justificações "esfarrapadas" para baixarmos os braços? Esta realidade, que constato, põe-me a pensar:
COMO RAIO HEI-DE FAZER PARA CONVENCER ESTA MALTA NA PROXIMA VEZ?
E já agora, acrescento: não é preciso lançar petardos e promover a violência para dizermos que temos tomates! Este tipo de violência bem pode ter sido inspirado por quem pretende manchar o que foi um magnífico dia de luta contra este governo e esta política!
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Álvaro Cunhal - centenário
Intervenção de Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP na Sessão Pública de apresentação do Programa das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal «Vida, pensamento e luta: exemplo que se projecta na actualidade e no futuro».
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
14 de Novembro - Greve Geral em Portugal, Espanha, Grécia, Itália e mais lutas na Europa
Ações já anunciadas na Europa
Portugal: Greve Geral.
Espanha: Greve Geral
Grécia: Greve Geral
Alemanha: Comícios da DGB em 12 cidades. Mensagens de solidariedade
a nível nacional e a nível de empresas transnacionais com filiais nos países
mais atingidos pela crise. Reunião do Presidente da DGB, no dia 14, com Angela
Merkel (a confirmar).
Bélgica: Concentrações junto a embaixadas de países da UE e ações
de sensibilização.
CES: Participação na Jornada Europeia de Ação e Solidariedade através do facebook.
Espanha: Greve Geral
CES: Participação na Jornada Europeia de Ação e Solidariedade através do facebook.
Espanha: Greve Geral
França: CFDT, CGT, FSU, Solidaires e UNSA: Manifestações unitárias
em todo o país.
Grécia: Greve Geral de 48 horas (6 e 7) e Greve Geral no dia 14
(ainda por confirmar).
Itália: A CGIL convocou 4 horas de greve geral e manifestações em todas as regiões para o dia 14 de Novembro. A Administração Pública da CGIL faz greve de 24 horas, também no dia 14. A CGTP participa, nesse dia, na manifestação da CGIL, em Nápoles.
Itália: A CGIL convocou 4 horas de greve geral e manifestações em todas as regiões para o dia 14 de Novembro. A Administração Pública da CGIL faz greve de 24 horas, também no dia 14. A CGTP participa, nesse dia, na manifestação da CGIL, em Nápoles.
Roménia: Ações em todas as regiões.
Reino Unido: O TUC prevê ações de solidariedade, com atividades na
internet, publicação de um blogue, uso de páginas facebook e comunicados de
imprensa.
Republica Checa: Manifestações em 17 de Novembro, contra cortes
orçamentais.
Eslovénia: Manifestação da ZSSS, no dia 17 de Novembro, contra a
austeridade.
Suíça: Ações da USS em conjunto com Sindicatos alemães em empresas
transnacionais, de 6 a 14 de Novembro.
Áustria: A OGB organiza ações de solidariedade com os trabalhadores europeus confrontados com medidas de austeridade, em Viena, no dia 14 de Novembro
Áustria: A OGB organiza ações de solidariedade com os trabalhadores europeus confrontados com medidas de austeridade, em Viena, no dia 14 de Novembro
Holanda: A FNV promove uma Conferência no dia 14 de
Novembro, para expressar solidariedade aos trabalhadores europeus confrontados
com medidas de austeridade.
E continuam a chegar notícias...
domingo, 11 de novembro de 2012
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Presidente do universo e mais além!
A que propósito virá este escrito Dr. António José Ferreira, diretor do Jornal da Marinha Grande? Será retaliação em relação a algo que desconheço?
“O líder do
Tocándar tem aparecido, nos últimos meses, em vários meios de comunicação. Já sabíamos
que Paulo Tojeira tinha ambições políticas, tantas é que nunca imaginámos.”
Como
é que o Dr. Ferreira percebeu que este humilde cidadão quer ser presidente do universo e mais
além?
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Pôr fim ao desastre! Libertar o país!
Libertar o país da asfixia imposta pelo pagamento de uma dívida em grande parte ilegítima e insuportável: esta é uma das primeiras condições para assegurar o desenvolvimento económico e pôr termo ao rumo de exploração e empobrecimento.
Lêr mais aqui:
A "refundação" será a morte?
É isto que eles querem implementar em Portugal! Tal como na Grécia! É preciso lutar!
Desempregados gregos deixam de
ter acesso a atendimento médico
LIZ ALDERMAN DO "NEW YORK TIMES", EM ATENAS
Como chefe do maior
setor de oncologia da Grécia, o médico Kostas Syrigos achou que já tinha visto
tudo. Mas nada o tinha preparado para o encontro com Elena, uma desempregada cujo
câncer de mama tinha sido diagnosticado um ano antes de sua consulta com ele.
No momento da
consulta, o tumor já tinha alcançado o tamanho de uma laranja e rompido a pele,
deixando uma ferida cujo pus ela estava enxugando com guardanapos de papel.
"Quando a vimos,
ficamos sem palavras", disse Syrigos, chefe de oncologia do Hospital Geral
Sotiria, na região central de Atenas. "Todo o mundo chorou. Coisas como
essas são descritas nos livros didáticos de medicina, mas a gente nunca via em
primeira mão porque, até agora, qualquer pessoa que adoecesse neste país sempre
podia ser atendida."
A vida na Grécia foi
virada do avesso desde que a crise da dívida tomou conta do país. Mas em poucas
áreas a mudança tem sido mais marcante que na saúde.
Até pouco tempo
atrás, a Grécia tinha um sistema de saúde típico da Europa, com empregadores e
indivíduos contribuindo para um fundo que, com assistência do governo,
financiava o atendimento médico universal. Isso mudou em julho de 2011, quando
a Grécia firmou um acordo com credores internacionais, recebendo um empréstimo
para evitar o colapso financeiro.
Agora os gregos que
perdem seus empregos recebem benefícios pelo prazo máximo de um ano. Depois
disso, se não puderem pagar a conta, eles ficam por conta própria, obrigados a
arcar com seus próprios custos de saúde.
As mudanças estão
forçando cada vez mais pessoas a buscar ajuda fora do sistema de saúde
tradicional. Elena, por exemplo, foi encaminhada para Syrigos por médicos que
participam de um movimento clandestino que surgiu no país para dar atendimento
a quem não tem seguro médico.
"Hoje, na
Grécia, estar desempregado significa a morte", disse Syrigos.
"Estamos caminhando para a mesma situação em que os Estados Unidos
estavam, na qual, se você perde o emprego e não tem convênio médico, você deixa
de ter direito a qualquer atendimento."
Com os cofres públicos
esvaziados, os suprimentos médicos estão em níveis tão baixos que alguns
pacientes têm sido forçados a trazer os seus de casa, inclusive coisas como
seringas e stents (próteses metálicas para a desobstrução de artérias).
Com a deterioração do
sistema, Syrigos e vários de seus colegas decidiram tomar as rédeas do problema
nas próprias mãos. "Somos uma rede do tipo Robin Hood", disse o
cardiologista Giorgios Vichas, que fundou o movimento clandestino em janeiro.
"Em algum momento, as pessoas não vão mais poder doar, devido à crise. É
por isso que estamos pressionando o Estado para que volte a assumir a
responsabilidade pela saúde."
Elena contou que
ficou sem seguro médico depois de abandonar seu emprego de professora para
cuidar de seus pais, que estavam com câncer, e um tio doente. Ela entrou em
pânico quando descobriu que tinha o mesmo tipo de câncer de mama que matou sua
mãe. O tratamento custaria pelo menos US$40 mil, ela ouviu dos médicos, e as
finanças de sua família estavam zeradas.
"Se eu não pudesse
vir aqui, não faria nada", ela comentou. "Hoje, na Grécia, as pessoas
precisam combinar com elas mesmas que não vão ficar muito doentes."
Tradução de Clara
Allain
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
À volta da fogueira
O fogo une-nos! Desde meninos que nos contam histórias
de gente reunida à volta da fogueira. Essa “roda de fogo” associa-se no nosso
imaginário a danças tribais, ritmos e contadores de histórias. Era em família
que os mais velhos iniciavam os mais novos nas artes da vida. A fogueira
aquecia e reunia. Era o momento de todos juntos, na divisão principal da casa.
Recordo com particular emoção as “rodas de fogo” em que participei com alguns
veteranos da luta antifascista e que contribuíram decisivamente para a minha
formação. Foi com eles que aprendi coisas sobre a vida nas prisões e na luta
clandestina. Foram eles que me ensinaram as canções da guerra civil espanhola.
Foi deles que ouvi narrativas na primeira pessoa, que li depois na grande obra
literária que é o “Até amanhã camaradas”. O tempo passou. Os velhos lutadores
que nos contaram tudo aquilo que os levara até ali, partiram. Ficámos nós, os
fieis depositários de histórias de tantas vidas e convicções. E é nossa
obrigação passar esses legados a quem, depois de nós, há-de continuar o
caminho. É por isso urgente inventar as novas “rodas de fogo” para que as
jovens gerações recebam o legado das nossas tradições. Cortar esta cadeia, é
atentar contra a nossa identidade eminentemente social. Sem nos juntarmos e
partilharmos os nossos pensamentos, não há futuro digno! É talvez por isso que
o poeta diz que “Os meninos à volta da fogueira | Vão aprender coisas de sonho
e de verdade | Vão aprender como se ganha uma bandeira | Vão saber o que custou
a liberdade.”
Guerra na Europa é "inevitável"?
Já tenho chamado a atenção para o "clima" que se vem instalando por toda a Europa (ver aqui). E partilhei a opinião de MUR sobre "As rutuas revolucionárias" aqui. Agora é o capitão de Abril que vem exprimir a sua opinião, que coincide com a de outros...
Guerra na Europa é "inevitável", diz Vasco
Lourenço
António Pedro Ferreira - Expresso on line - 1 de novembro de 2012
«A Europa vai esfrangalhar-se, vem aí a guerra inevitavelmente». O capitão de Abril defende que Portugal deve sair do euro e que a Europa não escapa à destruição
do Estado Social.
O capitão de Abril Vasco Lourenço considera que uma guerra na Europa é inevitável, se esta se continuar a "esfrangalhar", e defende a rápida saída de Portugal do Euro, preferencialmente em conjunto com outros países na mesma situação.
O presidente da Associação 25 de abril, em entrevista à agência Lusa, recordou que a Europa tem atravessado o maior período de paz da sua história, desde a Segunda Guerra Mundial, o que só foi possível graças à conquista pelos cidadãos do direito ao Estado social, à proteção, à saúde, à educação e à segurança social.
Saída atempada da UE
Recorrendo à fábula da rã que é cozida sem dar por isso, porque está dentro de uma água que vai aquecendo aos poucos, Vasco Lourenço não tem dúvidas de que é preferível a rutura do que "deixarmo-nos cair no abismo para onde este Governo e a Europa nos estão a atirar".
Como alternativa aponta a saída atempada e programada da União Europeia e do euro, manifestando esperança de que haja condições para Portugal ser capaz de se ligar a outros países nas mesmas circunstâncias e tentarem encontrar soluções coletivas.
"Se possível seria ideal sairmos com outros países, porque as dificuldades serão muito maiores se sairmos isolados. Agora se houver um conjunto de países que estão em dificuldades que se unam e concertem a sua saída do euro, é capaz de ser muito melhor e dá-nos a possibilidade de darmos a volta por cima".
Reconhecendo que não será fácil conseguir essa articulação, Vasco Lourenço mostra-se convicto de que muito provavelmente os outros países em situação semelhante à portuguesa estarão a discutir o mesmo tipo de possíveis saídas.
"É preciso juntar esforços e chegar à conclusão que todos teremos a ganhar se unirmos esforços dos vários países contra quem está neste momento a ocupar-nos não militarmente, mas financeira e economicamente", disse.
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