Faleceu Osvaldo Castro.
A ele me uniram durante anos
objetivos políticos comuns. Depois, eu continuei fiel a esses princípios, tendo
ele abraçado outros caminhos.
Neste momento relembro as
noites que passei (que passámos), nós ainda putos, ouvindo-o a ele e ao Joaquim
Carreira dissertando, concordando e discordando sobre coisas da história, dos
conceitos do marxismo-leninismo e da forma de os transpor para a prática. Cantámos
todos juntos as canções da guerra civil espanhola e outras com que forjámos a
nossa luta na oposição e depois, pelos caminhos de Abril. Posso considerar que
também ele, a seu modo, foi para mim um mestre da política naquele tempo.
Hoje fui-me despedir dele,
como amigo, não obstante os caminhos diversos que seguimos. Tomei conhecimento
mais aprofundado da luta pela vida que travou nos últimos tempos… E creio manter
intacta a lucidez de homenagear o homem, tendo como referência principal os
caminhos que juntos percorremos, e depois o sentido do respeito pela diferença.
A vida é feita de chegadas e
de partidas… Eis um dos traços comuns, que nos une enquanto seres que aqui
chegamos, por aqui andamos e, numa certa manhã que pode não ser de nevoeiro,
partimos…
À família enlutada, um abraço fraternal de quem já sentiu perda idêntica. E o meu respeito pela memória do homem que, fisicamente, partiu.
À família enlutada, um abraço fraternal de quem já sentiu perda idêntica. E o meu respeito pela memória do homem que, fisicamente, partiu.
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