sábado, 9 de novembro de 2013

O guião do "estado" a que isto chegou!...

Uma das obras de Lenine que sempre me apaixonou, foi "O Estado e a Revolução" (ver aqui). O verão de 1917 foi um momento de viragem decisiva na Rússia. "Nas vésperas da revolução socialista, a ideia fundamental que Lenine julga necessário demonstrar exaustivamente e defender com paixão é que, conquistando o poder, o proletariado não se pode limitar a tomar conta do aparelho do Estado burguês, mas tem de destruí-lo e substituí-lo por um novo Estado." (in: "A Questão do Estado Questão Central de cada Revolução" - Álvaro Cunhal) (Ver aqui). Esta obra de AC clarifica e contextualiza a de Lenine e revelou-se também uma peça importante do meu estudo sobre a questão do estado e até sobre a tomada de poder ao nível de um município. Naturalmente com as necessárias adaptações.
Chegados aqui, gostaria de vos dar conta de um artigo da autoria de Filipe Diniz, publicado no semanário "Avante!" e que, a propósito de um tal "Guião para a reforma do estado", nos trás "O Estado e a contra-revolução",
Termina o autor dizendo: «Afirma Lenine que o Estado “é o produto e a manifestação do carácter inconciliável das contradições de classe”. Este “guião” é inconciliável com os interesses de todo o povo.»
Para interpretar as situações presentes, é indispensável estudar os exemplos históricos e o que sobre eles foi escrito. E nos pensadores marxistas encontramos sempre análises que vão resultando atuais. É que o capitalismo e os seus ideólogos nunca deixaram de ser o que sempre foram. A boca do lobo ainda morde como mordia!
Para que cada um medite no "estado" a que isto chegou, não é preciso este "guião". É urgente trilhar os caminhos que levem a uma rutura, por uma verdadeira alternativa.
 
 

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