Desde sempre, na marcha das lutas por um mundo
melhor, foi detetado o fenómeno da traição. O que se tem passado dentro do Partido Comunista Francês (vêr aqui), é o caminho da capitulação, no quadro de um designado
“Partido da Esquerda Europeia”. A negação dos princípios e agora até do símbolo
histórico dos comunistas (a foice e o martelo), são bem demonstrativos de que
em breve a classe operária e os trabalhadores e lutadores mais consequentes na
França, fundarão um novo partido capaz de se afirmar como vanguarda na luta
pelo socialismo.
As últimas opções tomadas em congresso, são o
culminar de um processo não só de afastamento dos princípios, como também do
afastamento das bases e dos elementos de classe que constituem o partido. Para além de outros aspetos importantes, esta
realidade vem revelar que não é possível ser
vanguarda sem interpretar fielmente a contribuição de cada militante, no quadro
da organização e no respeito pelo centralismo democrático. Vem mostrar ao que se pode chegar com quadros dirigentes, que se substituiem aos coletivos e "manipulam consciências". Tudo o
que se tem passado, é a negação dos princípios exemplarmente articulados em “O partido com paredes de vidro” de Álvaro Cunhal, cujo centenário do nascimento se comemora.
Hoje, mais que nunca, é imperioso estamos vigilantes
contra todas as ameaças, estejam elas travestidas de “comunismo de nova
geração”, de “eurocomunismo” ou camufladas de vermelhos e amarelos de vários
matizes. A melhor forma de lutarmos contra as ameaças, é nos coletivos partidários e junto do povo, alfobre de quadros e gerador das ideias
que darão origem à proposta e à alternativa. Sempre que assim não for, estaremos, mais tarde ou
mais cedo, irremediavelmente perdidos.
"Os comunistas de toda a Europa devem retirar conclusões desta evolução do PCF, do partido que está à cabeça do oportunismo europeu e de lutar para que, nos seus países, seja derrotado o oportunismo, tanto no plano político como no plano ideológico e organizativo".
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