quarta-feira, 6 de março de 2013

Da Federação Maximalista à fundação do PCP

Comemora-se hoje, dia 6 de março, mais um aniversário da fundação do Partido Comunista Português. Algumas careterísitcas distinguem o processo de formação deste partido, relativamente a outros partidos comunistas da Europa e deo mundo. Partilho convosco um trabalho de Domingos Abrantes "Da Federação Maximalista à fundação do PCP" (in. "O Militante", Domingos Abrantes, Edição Nº 302 - Set/Out 2009) que constitui um elemento de estudo fundamental para perceber algumas areterísticas fundamentais deste processo.
 
"A 6 de Março de 1921, na sede da Associação dos Empregados de Escritório, em Lisboa, realiza-se a Assembleia que elege a direcção do PCP. Estava fundado o Partido Comunista Português. Nele confluem décadas de sofrimento e luta da classe operária portuguesa, as lições das grandes vitórias da classe operária internacional, os ensinamentos de Marx, Engels e Lénine. Com a fundação do PCP a classe operária portuguesa encontra a sua firme e segura vanguarda.
Logo após a sua constituição, a «Junta Nacional» do PCP (designação então dada ao seu organismo dirigente) realiza uma série de reuniões.
O Partido estabelece a sua sede na Rua do Arco Marquês do Alegrete, n.° 3, 2.° Dt.°. E aberta uma inscrição para o recrutamento de novos membros, atingindo-se em breve o milhar de filiados. Num Manifesto em que faz a sua apresentação pública, o Partido Comunista Português publica os 21 pontos da Internacional Comunista, que constituem a sua base política, afirmando assim também a sua adesão ao Movimento Comunista Internacional. Pouco depois forma-se também a Juventude Comunista.
Em fins de 1921, numa reunião conjunta do Partido e da Juventude, assenta-se no início da edição dos primeiros órgãos comunistas em Portugal. Ainda em 1921, inicia-se a publicação de O Comunista, órgão do Partido, e de O Jovem Comunista, órgão da Juventude.
Uma das mais importantes frentes de acção dos comunistas neste período é a sua luta dentro das organizações sindicais para dar umajusta orientação à luta dos trabalhadores epara a adesão do movimento sindical português à Internacional Sindical Vermelha.
A questão da filiação na ISV é discutida no Congresso Nacional Operário, em Setembro de 1922, na Covilhã. As propostas dos partidários da ISV são derrotadas, mas, apesar disso, as suas posições no movimento sindical continuam a ser muito fortes. Sob a condução dos comunistas, organizam-se Núcleos Sindicalistas revolucionários, que obtêm a adesão de muitos sindicatos.
Com a criação e acção do PCP acelera-se a necessária clarificação das tendências do movimento operário. Ê dado um importante impulso à consciencialização e desenvolvimento político das massas trabalhadoras. Mas as dificuldades desta luta são grandes. O nível de preparação política, teórica e prática dos militantes é ainda baixo. Falta ainda ao Partido uma formação marxista-leninista e uma direcção de militantes politicamente experientes."
Extraído do livro "60 anos de luta"
Viva o Partido Comunista Português!
 
 
 
 

Sem comentários: