Saramago continua atual! Depois de se ouvir Portas, o "Paulinho das feiras", apetece mesmo repetir alto e bom som:
«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o
céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a
nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos
abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se
os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas,
mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já
agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»
José Saramago - Cadernos de Lanzarote - Diário III - pag. 148 (surripiado
do Blog “O Castendo”)
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