quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Demitam-se!

Às vezes há coisas tão simples que podemos fazer, para que os outros fiquem felizes...
 
Demitam-se!

 

A “refundação” é um ataque à Constituição

“As imposições constantes do Memorando da troika assinado por PS, PSD e CDS não encontram cobertura no texto constitucional. Embora mutilada em sucessivas alterações, a lei fundamental do País continua a ser um obstáculo aos ditames do grande capital, esses ditames que impõem a reserva de milhares de milhões de euros para o resgate da banca mas que não reservam um cêntimo para o resgate dos trabalhadores e do povo que a pretexto das medidas de «austeridade» ficam sem trabalho, sem casa, sem comida, sem direito à saúde ou à educação, sem direito à velhice, sem direito a uma vida digna. Porque, embora adulterada, a Constituição consagra como direitos fundamentais o que as troikas querem eliminar – direitos, liberdades e garantias que ainda são um travão legal às pretensões de domínio absoluto do poder do capital. Porque, quanto mais não seja do ponto de vista formal, a Constituição ainda é garante do regime democrático.” Mas vale a pena ler aqui.
 
 

domingo, 28 de outubro de 2012

Sem cultura, não há liberdade!

Sem cultura, não há liberdade! Um povo que não cuida da sua identidade, é um povo irremediavelemnte perdido! É bem verdade! E há pensadores que dissertam tão claramente sobre este (como outros) temas, que eu fico concentrado a tentar aprender... Deixo-vos com uma entrevista de Miguel Urbano Rodrigues, um pouco longa, mas excecionalmente rica!
 
 
 
 

Na morte do camarada Fino

Quando parte um camarada, sentimos que arrancam alguma coisa de nós. O Fino impressionou-me sempre pela sua modéstia e entrega às causas que defendemos. Ele e a sua companheira fazem parte de um dos capítulos mais gloriosos da história de Portugal – a resistência e a luta antifascista. Com a partida destas gerações de comunistas, vamos ficando mais pobres. E se é certo que outros novos comunistas preenchem as fileiras, um esforço muito significativo tem de ser feito para que estes novos camaradas “entranhem” a metodologia de ação que tem garantido a identidade deste partido. Creio portanto, que a melhor homenagem às gerações de lutadores que fizeram do Partido o que ele é hoje, é defendermos a sua identidade marxista-leninista e reforçarmos as suas fileiras. Sempre no respeito pela construção coletiva da nossa proposta para “uma democracia avançada – os valores de abril no futuro de Portugal.”   E como bem dizia o poeta,

Todos vivos! Todos nossos!
Vinte trinta cem ou mil
Nenhum de vós é só ossos
Sois todos cravos de Abril!


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O Grupo Lusófona está à pega com o Ministro da Educação...

Afinal parece mesmo que “há gato”! O Grupo Lusófona, cujo administrador é um tal Professor Doutor (?) Damásio, vai ter de explicar melhor a atribuição de algumas licenciaturas… Parece ser grave o que se tem passado e já não é a primeira vez que o Grupo é chamado à pedra por estruturas oficiais.
O Grupo é proprietário do ISDOM, na Marinha Grande, instituição muito importante como recurso aos habitantes da M. Grande e arredores que queiram continuar a valorizar-se. Mas estes cidadãos correm o risco de estar a pagar propinas numa instituição que parece não cuidar de oferecer serviços com a qualidade que seria exigível!
 
Deixo-vos uma notícia do EXPRESSO de 2012.10.15:
 
Lusófona obrigada a reavaliar licenciatura de Relvas
Ministério da Educação dá dois meses à Universidade para reanalisar todos os processos de creditação profissional. As licenciaturas atribuídas por esta via poderão ser anuladas.
Joana Pereira Bastos
O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, ordenou hoje à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) que reavalie, no prazo de 60 dias, todas as licenciaturas atribuídas com recurso à creditação da experiência profissional, podendo as mesmas vir a ser declaradas nulas. Na sequência da auditoria realizada pela Inspeção Geral da Educação à Universidade Lusófona, iniciada em julho após a polémica em torno da licenciatura de Miguel Relvas e concluída esta semana, o ministro fez uma advertência formal à instituição, considerando que esta não cumpriu os procedimentos legais de creditação profissional.
"No prazo de 60 dias, a ULHT deverá reanalisar todos os processos de creditação de competências profissionais (...) No caso de não haver fundamentação suficiente para a creditação profissional ou inexistindo registo de conclusão de unidades curriculares, deve a ULHT disso extrair todas as consequências legais, incluindo a possível declaração de nulidade" das licenciaturas atribuídas, refere o despacho do ministro da Educação, hoje divulgado. Em causa está a atribuição, pela Lusófona, do grau de licenciatura a 89 alunos, a quem a universidade concedeu entre 120 e 160 créditos - número suficiente para concluir um curso em apenas um ano - por via do reconhecimento da experiência profissional. A licenciatura do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, é um dos casos que terá de ser agora reavaliado. Em 2006/07, Relvas obteve a licenciatura de Ciência Política e Relações Internacionais na Lusófona, tendo de fazer apenas quatro das 36 cadeiras do curso. Nas restantes acabou por ter equivalência devido aos cargos que antes tinha exercido. Já em 2009 a Inspecção-Geral de Educação tinha apontado falhas ao sistema de creditação profissional da Lusófona e feito recomendações que não foram, no entanto, cumpridas pela instituição, o que lhe valeu agora uma advertência formal por parte do ministro Nuno Crato. "É manifesta a necessidade de alterar urgentemente todos os procedimentos" de creditação profissional da Lusófona, refere o despacho do Ministério da Educação, adiantando que se "exige maior transparência" nestes processos.

No despacho, o ministro reafirma ainda a intenção de alterar a legislação atualmente em vigor para impor limites ao número de créditos que podem ser atribuídos por via do reconhecimento da experiência profissional.
Os responsáveis da Lusófona recusam, para já, fazer qualquer comentário.
 
 

 
 
 

As "sedes" como centros de recursos

A identidade dos marinhenses está indissociavelmente ligada ao vidro e à forma de organização da sua produção. Produzir é um ato eminentemente coletivo. No vidro, a “obraje” é o cerne da produção, sendo portanto parte principal da nossa identidade. E se na fábrica se vivia em coletivo, cá fora essa forma de estar encontrou tradução na maneira de conceber a vivência dos tempos libertados. É daí que nasce, em grande medida, a necessidade sentida de se criarem associações e coletividades de beneficência, cultura e recreio. As suas sedes sociais têm sido, em diferentes períodos históricos, local de resistência, de aprendizagem, de partilha, de criação e de fruição. Vive-se nos nossos tempos uma certa “crise associativa”, que não é mais que o reflexo da crise mais geral da sociedade. Com dedicação e persistência, o voluntariado associativo da nossa cidade tem encontrado formas de superar as dificuldades.
Para responder aos desafios dos novos tempos, é necessário um novo olhar sobre o potencial recurso que constitui a rede de sedes sociais do nosso tecido associativo. Através de uma política autárquica para o movimento associativo, cada edifício sede deverá constituir um centro de recursos para a dinamização da vida local. Cozinhas sociais, oficinas seniores, atividades envolvendo a população idosa e as crianças, universidade sénior descentralizada, gerontomotricidade, a somar às demais atividades que normalmente se desenvolvem, estarão no centro das possibilidades de intervenção. Em muitas situações, as direções e a massa associativa das coletividades puseram já os pés ao caminho. Mas é necessária uma política autárquica que coordene, oriente e financie esta importante área de intervenção. Esta é uma outra forma de respeitar, valorizar e aproveitar bem a nossa identidade.
In: JMG – 2012.10.25
 
 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Será que roubaram os contactos da base de dados da CMMG?

Acabo de receber por correio uma carta dirigida à RIPA - Rede de Ideias Projetos e Artes, que é uma associação informal, por mim criada. Vem essa carta do ISDOM - Instituto superior D. Dinis - Marinha Grande. Até aqui nada de estranho.
Acontece que o endereço da RIPA é do conhecimento APENAS da Câmara Municipal da Marinha Grande. Assim sendo, como a CMMG é pessoa de bem, pergunto eu:
Quem terá roubado os contactos da base de dados da Câmara Municipal da Marinha Grande e os forneceu ao ISDOM?
Creio que um ato deste tipo é crime! E pode minar a confiança de quem fornece os seus dados a uma entidade idónea, como é a CMMG!
 
 
 

Islândia

Tem ouvido falar da Islândia nos últimos tempos? Mas tem ouvido lalar da Síria...
E sabe porque é que os meios de comunicação social e as agências informativas, controlados pelo poder do império, não falam da Islândia? Aconteceu na Islândia, mas os mídia censuraram...

 
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Luís Carlos Prestes

Luís Carlos Prestes, o “Cavaleiro da Esperança”, é uma figura incontornável da história do Brasil e do mundo. Revolucionário destemido, foi durante longos anos secretário-geral do PCB. Tenho orgulho em poder dizer que o encontrei em Sófia, na Bulgária, no ano de 1977 e de lhe ter oferecido, em nome da Organização dos Estudantes Portugueses, os Desenhos da Prisão de Álvaro Cunhal. As suas palavras foram de um profundo respeito pela luta do povo português e pelo nosso papel enquanto estudantes naquele país socialista, para nos formarmos e nos integrarmos na vida do nosso povo.
Como comunista, teve um percurso exemplar na luta do seu povo, por vezes com alguns sobressaltos. Como bem diz Miguel Urbano Rodrigues, “acontece que, por humanos, não há revolucionários perfeitos e Prestes não foi exceção.”
Com as devidas diferenças, não posso deixar de evocar a memória do meu camarada já falecido Joaquim Carreira. Ele também um revolucionário, imperfeito, como todos os humanos. Mas que desempenhou um papel de mestre para toda uma geração, que é a minha.
Parte da vida e da luta de Luís Carlos Prestes é agora transcrita para uma obra, da autoria de sua filha, sobre a qual nos fala Miguel Urbano Rodrigues aqui.

domingo, 21 de outubro de 2012

O cantador

Canção de homenagem a José Afonso. Zeca: tão perto que estás de nós!...
 

O assassino de Victor Jara

Naquele dia o cantor do povo foi assassinado às mãos do fascismo chileno, por ordem do império americano. Para que ninguém esqueça, por todos os dias da nossa vida!
 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Opções, do plano


Qualquer instituição que se proponha intervir socialmente, a qualquer nível, apresenta um plano de ação. No caso das câmaras municipais, os documentos previsionais cumprem esse papel. Consultando esses documentos, disponíveis no sítio da CMMG, detive-me nas Grandes Opções do Plano. Conforme o estilo dos autarcas que nos governam em cada momento, deste documento fazem parte, basicamente, três tipos de investimentos: investimentos que são para concretizar; investimentos que se sabe que nunca se irão concretizar; rúbricas que ficam ali abertas com “meia dúzia de patacos” para “inglês ver” e à espera de melhores dias. No final de 2011, foram aprovadas as Grandes Opções para 2012. Entrados que estamos no último trimestre do ano, bom seria que o executivo de maioria PS nos informasse sobre qual o grau de concretização das suas opções. É que temos visto muitíssimo pouco trabalho desenvolvido e temos escutado vezes demais que a culpa é da chamada Lei dos Compromissos. A tal Lei que diz que “os dirigentes, gestores e responsáveis pela contabilidade não podem assumir compromissos que excedam os fundos disponíveis”. Creio que, independentemente de acordos ou desacordos acerca dos princípios políticos e ideológicos que suportam a dita lei, o que parece é que as Grandes Opções do PS para a Marinha Grande foram um documento de mentira! Parece ter havido pouca competência na planificação e pouca criatividade na implementação. A culpa do não saber como fazer, vai toda e sempre para a famigerada lei! Efetivamente, obra faz-se com dinheiro, com algum dinheiro e alguma imaginação ou apenas com imaginação. A gestão PS do nosso concelho, que nos afunda, prometeu o céu e nem arcaboiço teve para nos manter na terra! Perante tal situação, não posso deixar de fazer um paralelo entre este tipo de autarcas e as centenas de ativistas voluntários que dia a dia, ultrapassando obstáculos variados, são o coração e a vida do nosso movimento associativo e religioso, a nossa vida coletiva. É certamente por gente assim que passa o futuro.                                              In: JMG 2012.10.18


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Pelo sonho é que vamos...

 
 

Rutura revolucionária

Creio que desde 25 de Abril de 1974 não se vivia uma situação em que as condições objetivas e as subjetivas estivessem tão claramente definidas. O governo, de facto apoiado ou não ostilizado no fundamental da sua política pela troika nacional (PSD, CDS e PS) e fiel embaixador da troika estrangeira, já não consegue governar. O povo, esmagado como nunca, vai demonstrando que não quer ser governado assim. Em todas as situações revolucionárias (será que não estamos à beira de uma?) os movimentos e os líderes acabam por ser, apoiados pelas massas, grandes protagonistas da história. É a eles que compete ser a vanguarda organizada. Perante esta situação objetiva, estamos na etapa em que é preciso afirmar com clareza uma alternativa que respeite os anseios do povo, protagonizada pelas forças e as personalidades que se opõe realmente a esta barbárie. É isso que devemos esperar. É isso que as massas exigem! Sem uma vanguarda respeitada, qualquer movimento está condenado a não ser o que poderia ter sido.
..
Deixo à vossa consideração   "As ruturas revolucionárias não são prédatadas" da autoria de Miguel Urbano Rodrigues
 
 

Sem palavras...

Esta frase, soa-lhe familiar?
 
"Temos que reduzir o salário dos trabalhaores e retirar-lhes o direito à greve.!
Adolf Hitler, 1933
 
 
Os governos da troika nacional, por pressão do império representado pela troika estrangeira, estão a abalar a nossa soberania e a destruir as condições de vida do povo português!
 

domingo, 14 de outubro de 2012

Simon Bolívar

Ofereço à vossa consideração uma composição do grupo chileno Inti Illimani - Simon Bolivar: "alerta, alerta, alerta que camina la espada de bolivar por america latina hasta la victoria siempre patria o muerte venceremos"!
 
 
 
Pequena biografia de Simon Bolívar por Fernando Rebouças
Simon José Antônio de La Santíssima Trinidad Bolívar Palácios y Blanco, ou simplesmente Simon Bolívar nasceu em Caracas, Vice-Reinado de Nova Granada, em 24 de julho de 1783. Filho de fazendeiros de origem espanhola, perdeu os pais aos nove anos de idade.
Foi educado por um tio, Carlos Palácios, e cuidado por Hipólita. Aluno de Simon Carreño Rodriguez, professor revolucionário, com quem desenvolveu interesse pela política e pela luta em prol da liberdade.
Aos 15 anos, viajou para a Espanha, no intuito de completar os estudos, conheceu Maria Teresa Rodríguez del Toro y Alayza, com quem se casou em 1802. Ao retornar para Caracas, sua esposa morreu de febre amarela.
Em 1804, viaja para os EUA e Europa, na França assistiu a coroação de Napoleão, e adquiriu admiração pelas idéias iluministas. Em 1807, retornou à Caracas, onde inicia um planejamento político que objetivava a libertação das colônias espanholas. Em 1810, foi nomeado coronel das milícias.
Em 1811, o Congresso Nacional declarou a independência da Venezuela, Francisco de Miranda foi nomeado general e Bolívar, responsável pela defesa. Miranda foi preso em 1812. Bolívar se refugiou em Caracas, meses depois viajou a Cartagena, atual Colômbia, publicou o Manifesto de Cartegena, onde pedia a união dos revolucionários e o fim do domínio espanhol na Venezuela.
Em 1813, invadiu a Venezuela, tomou Caracas e proclamou a segunda república venezuelana. Em 1819, fundou a grande Colômbia (atual Colômbia, Venezuela, Panamá e Equador), Bolívar foi nomeado presidente. As forças “bolivaristas” sob o comando de Antonio José de Sucre, venceu as frentes espanholas em 1822, libertando o restante do norte da América do Sul.
Em 1824, Bolívar e Sucre libertaram o Peru e a República da Bolívia. Em 1827, a Grande Colômbia tornou-se terreno de guerras civis, Bolívar escapa ileso do atentado “Conspiração Setembrina”. Em 1829, Venezuela e Colômbia se separam, Quito declara-se independente e adota o nome de Equador. Bolívar faleceu aos 47 anos, sem apoio político, em 17 de dezembro de 1830, Colômbia; sendo enterrado em Caracas.
 
 

Triste Cardeal!...

Às vezes deparamo-nos com situações inesperadas. O Cardeal "defensor" da "democracia representativa", declara objetivamente que não representa os milhares de católicos que têm vindo a manifestar-se nas ruas e os bispos  que têm falado contra este governo e as suas medidas. Somos levados a concluir que o Cardeal, a única coisa que representa é a Santa Sé, do ex-Cardeal Ratzinger. Com todo o respeito, senhor Cardeal, não comungo! 
 
 

sábado, 13 de outubro de 2012

Num Renault Clio...

Dr. Zorrinho: e que tal num Renault Clio? Ou um rabo distinto não se senta em qualquer viatura?
 
 
Jerónimo de Sousa como nunca o viu...num Renault Clio :)  

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Festas e espetáculos itinerantes

Assistimos recentemente a duas iniciativas na marinha Grande, que deveriam merecer o estudo adequado, de forma a tornarem-se prática frequente. Deram eles pelos nomes de “Criativarte” e “Cantos e recantos artísticos da Marinha Grande”. Fui testemunha do esforço, carinho e empenho que alguns Técnicos da Câmara dedicaram a estas iniciativas, que vieram romper com o “rame-rame” a que as políticas municipais nos tinham confinado. Há muito que defendo a realização de eventos nas praças e jardins da nossa cidade. Os parques têm tido alguma animação, embora sem caráter regular.
A partir destes exemplos de como se pode fazer, é chegada a hora de as políticas municipais para a cultura, a recreação e a animação confiarem mais na capacidade criativa dos técnicos e menos nas produções “take away”, servidas geralmente a preços proibitivos. A partir destas iniciativas, mesmo para os mais distraídos, ficou claro que na Marinha Grande temos muitos e variados valores no campo das artes! Artesãos, grupos corais, orquestras, executantes individuais, ranchos, etc. Creio haver condições para a realização de mais iniciativas do género, porque não foram esgotados todos os recursos artísticos existentes.
Mas é necessário dar o passo seguinte. Lanço um desafio: para quando a realização de diversos espetáculos itinerantes, que percorram as sedes das coletividades do nosso conselho? E é misturar fadistas com música ligeira; piano com corais; percussão com guitarra clássica; ranchos com teatro; gaiteiros com poesia; sempre tudo enquadrado por pequenas mostras de arte, artesanato, licores e doces.
Em cada canto ou recanto, há um artista escondido. E a cultura também passa pela valorização do que o meu vizinho é capaz de fazer.
 

Toma ké democrata: "PS gasta 210 mil euros em automóveis novos"

Em tempos de profunca crise, com as famílias a terem de cortar no essencial para os seus filhos, eis o exemplo que nos chega do PS.
E depois querem, em conluio com a direita, reduzir o número de deputados, para "varrerem" da Assembleia as forças que se opõem ao centrão da troika nacional (PS, PSD e CDS). A notícia:
 
Quatro carros topo de gama comprados com dinheiro do orçamento da Assembleia da República.
O grupo parlamentar do PS renovou a frota automóvel e gastou 210 mil euros. A notícia é avançada na edição desta quinta-feira do “Jornal de Notícias”, segundo a qual os quatro carros adquiridos são topo de gama.
A assessoria de imprensa da bancada liderada por Carlos Zorrinho explica ao jornal que os carros foram comprados porque acabaram os contratos de aluguer das quatro viaturas usados pelos deputados – dois Audi e dois BMW.
O dinheiro utilizado é proveniente do orçamento da Assembleia da República.

Nuvens de guerra

A crise capitalista aprofunda-se em todo o mundo. A União Europeia e os EUA mostram cada vez mais dificuldades em gerir a crise. Reforça-se a competição, as contradições e a agressividade imperialista no sudeste asiático, no Mar Cáspio e na Ásia central, em África e na América Latina. O império e os seus aliados mundiais aparecem no cenário de guerra com cada vez mais ferocidade, pretensamente para defender causas humanitárias. É preciso estar alerta contra a máquina de guerra imperial!
Partilho convosco o comunicado do KKE (Partido Comunista Grego) "Acumulam-se as nuvens da guerraacerca da crise capitalista mundial, designadmanete no Mediterrâneo Oriental e no Golfo Pérsico. Estando-se ou não de acordo com os pontos de vista defendidos, esta análise constitui em valioso elemento para a compreenção da realidade regional e mundial.
 
 
Síria: Exército sírio entra num bairro rebelde de Homs

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O nó górdio - abandonar e desvalorizar o euro

Cada vez mais é colocada com mais acuidade a questão se Portugal deve ou não permanecer no euro. Deixo à vossa consideração a opinião do economista Octávio Teixeira.
 
O nó górdio - abandonar e desvalorizar o euro
É hoje inequívoco que a política do Governo fracassou. No entanto, o primeiro-ministro e o seu mentor económico António Borges teimam na ideia de que a redução dos custos do trabalho é a via "extremamente inteligente" para ultrapassar a crise.

É hoje inequívoco que a política do Governo fracassou. No entanto, o primeiro-ministro e o seu mentor económico António Borges teimam na ideia de que a redução dos custos do trabalho é a via "extremamente inteligente" para ultrapassar a crise. Todos os que rejeitaram a sua proposta, a maioria da sociedade portuguesa, serão ignorantes. A sua arrogância é estúpida. Mas o mais grave, porque eles governam o país, é que essa teimosia mostra ignorância económica, incompetência política e cegueira ideológica.
Os desequilíbrios externos, a questão central, só são resolúveis se o país produzir mais, não pela aplicação da receita do cavalo do inglês. E produz-se de menos porque a produção nacional não é suficientemente competitiva com produções externas. Insuficiência que não radica nos custos salariais, pois em Portugal são cerca de 50% dos da média da União Europeia enquanto a produtividade é da ordem dos 75%.
Assim, e porque o aumento da competitividade através de incrementos significativos da produtividade total dos factores é muito lento no tempo, para ganhar competitividade só há uma solução: desvalorizar a moeda. Há dez anos que o euro está sobrevalorizado em 30% (e mais) face à taxa de equilíbrio para a economia portuguesa, o que é insuportável.

O abandono do euro e subsequente desvalorização é uma necessidade objectiva. Tem custos, mas menores que os actuais. Por exemplo, desvalorizar 30% pode gerar uma perda salarial real de 8%, via inflação, menos que a soma do corte de um subsídio e da inflação. E com as vantagens de a competitividade aumentar cerca de 24%, potenciando rapidamente o crescimento económico e a redução do desemprego e dos défices, e de evitar a queda no abismo.
Este é o nó górdio que urge desatar.

As Forças Armadas não são a "tropa do regime"!

Como cidadãos atentos, sobros obrigados a saber o que se está a passar! Os chefes militares dizem que Portugal já tem a sua soberania em causa! E dão o exemplo da Islândia!
 
Publicado no SOL:
 
O líder da Associação de Oficiais das Forças Armadas, Manuel Carcel, avisa que 18% dos militares têm os salários penhorados e pede a Cavaco Silva que actue.
O Conselho de Chefes Militares insurgiu-se contra declarações ‘ilegítimas e irresponsáveis’ que ameaçam a coesão das Forças Armadas (FA). Como viu essa acusação?
A nossa postura, ao falar das preocupações que afligem os militares, é de complementariedade. Recuso-me a acreditar que esse comunicado seja dirigido às associações.
Não vai deixar de dizer que os militares que quiserem podem participar em manifestações?
Os militares não são diferentes de outros cidadãos. Não podem exercer o direito reivindicativo como outros, mas, como muito bem disse há pouco tempo, um chefe militar, têm alma e têm compromissos. 18% dos militares têm o seu salário penhorado por compromissos que tinham assumido e que, devido aos cortes salariais, deixam de poder pagar. Hoje em dia, a remuneração de um militar corresponde à de dois postos inferiores: um coronel tem um vencimento de major, um major recebe como tenente.
O Presidente da República enquanto comandante supremo das FA devia intervir?
Acreditando que está preocupado com o ambiente que se está a viver nas Forças Armadas, devia exercer a sua magistratura de influência. Temos-lhe dirigido alguns ofícios para fazer ver que há situações que são uma tremenda injustiça e cuja consequência é muito mais grave do que se estivéssemos a falar de civis.
Numa altura de desilusão com os partidos, as pessoas olham mais para os militares como último garante da democracia?
Somos muitas vezes abordados nesse sentido. As pessoas estão à espera que algo aconteça para resolver as angústias por que passamos todos. Os militares são subordinados ao poder político, mas não servem governos, servem os portugueses. E foram responsáveis pela democracia em 1974. Para além da liberdade, sonhámos com justiça e desenvolvimento que é aquilo que não se passa hoje. As elites que nos governam são os causadores da situação em que estamos. Apesar de tudo, a democracia tem mecanismos capazes de devolver a confiança às pessoas, veja o caso da Islândia.
O poder político quer que os militares sejam imunes ao que se passa no país?
Querem que sejamos autómatos. Mas nós não estamos preocupados exclusivamente com aquilo que nos afecta mas com o que afecta a todos. Não somos partidários, mas não somos apoliticos ou acéfalos. E estamos preocupados não só com a redução de efectivos, mas também com os meios e capacidades das Forças Armadas. Estamos a assistir à descaracterização do próprio Estado e da sua soberania. Triste país este em que as suas Forças Armadas andam ao sabor dos ditames de estrangeiros!
 
O líder da Associação de Oficiais das Forças Armadas, Manuel Carcel, avisa que 18% dos militares têm os salários penhorados e pede a Cavaco Silva que actue.
O Conselho de Chefes Militares insurgiu-se contra declarações ‘ilegítimas e irresponsáveis’ que ameaçam a coesão das Forças Armadas (FA). Como viu essa acusação?
A nossa postura, ao falar das preocupações que afligem os militares, é de complementariedade. Recuso-me a acreditar que esse comunicado seja dirigido às associações.
Não vai deixar de dizer que os militares que quiserem podem participar em manifestações?
Os militares não são diferentes de outros cidadãos. Não podem exercer o direito reivindicativo como outros, mas, como muito bem disse há pouco tempo, um chefe militar, têm alma e têm compromissos. 18% dos militares têm o seu salário penhorado por compromissos que tinham assumido e que, devido aos cortes salariais, deixam de poder pagar. Hoje em dia, a remuneração de um militar corresponde à de dois postos inferiores: um coronel tem um vencimento de major, um major recebe como tenente.
O Presidente da República enquanto comandante supremo das FA devia intervir?
Acreditando que está preocupado com o ambiente que se está a viver nas Forças Armadas, devia exercer a sua magistratura de influência. Temos-lhe dirigido alguns ofícios para fazer ver que há situações que são uma tremenda injustiça e cuja consequência é muito mais grave do que se estivéssemos a falar de civis.
Numa altura de desilusão com os partidos, as pessoas olham mais para os militares como último garante da democracia?
Somos muitas vezes abordados nesse sentido. As pessoas estão à espera que algo aconteça para resolver as angústias por que passamos todos. Os militares são subordinados ao poder político, mas não servem governos, servem os portugueses. E foram responsáveis pela democracia em 1974. Para além da liberdade, sonhámos com justiça e desenvolvimento que é aquilo que não se passa hoje. As elites que nos governam são os causadores da situação em que estamos. Apesar de tudo, a democracia tem mecanismos capazes de devolver a confiança às pessoas, veja o caso da Islândia.
O poder político quer que os militares sejam imunes ao que se passa no país?
Querem que sejamos autómatos. Mas nós não estamos preocupados exclusivamente com aquilo que nos afecta mas com o que afecta a todos. Não somos partidários, mas não somos apoliticos ou acéfalos. E estamos preocupados não só com a redução de efectivos, mas também com os meios e capacidades das Forças Armadas. Estamos a assistir à descaracterização do próprio Estado e da sua soberania. Triste país este em que as suas Forças Armadas andam ao sabor dos ditames de estrangeiros!
 
 


terça-feira, 9 de outubro de 2012

El Maldito Cháves

Não resisti a "rapinar" o que se segue e deixo á vossa apreciação. O Chavés será uma personalidade controversa, mas...
 
 

Deputados - mordomias

O problema, em minha opinião, não é o número de duputados na Assembleia da República! O problema são as mordomias de que eles usufruem!
Resolva-se o problema dos gastos excessivos dos deputados com algumas medidas, por exemplo: fim dos vencimentos dispares do resto dos cidadãos; fim dos carros, para além do estritamente necessário; fim dos subsídios e ajudas de custo principescas; fim das acumulações; fim dos regimes excecionais de aposentação, reintegração e outros; fim da possibilidade de se reformarem sem terem os mesmos anos de descontos que os outros trabalhadores; fim dos restaurantes de luxo na AR. Ai que poupança! Atente-se só nesta notícia:
 
A Associação dos ex-deputados do parlamento e o Grupo Desportivo receberam nos últimos cinco anos do orçamento da Assembleia da República cerca de 286 mil euros.
Segundo o jornal "i", este ano, a associação de ex-deputados recebeu 42,5 mil euros e o grupo desportivo 15,2 mil euros. De acordo com o parlamento, estas comparticipações são aprovadas com os seguintes objectivos: "A associação, para o seu funcionamento regular, estando previsto esse apoio nos termos do art. 28.º do Estatuto dos Deputados. E o GDP para apoio às actividades de índole cultural e desportiva desenvolvidas pelo grupo".
Um dos eventos organizados foi um torneio de golfe na Quinta da Marinha, onde a AR teve como custos directos "a oferta, como é tradicional em todos os parlamentos, do jantar de encerramento e de alguns prémios institucionais simbólicos".
 

Inimigos do povo

Aí estão eles de novo, injetando doses cavalares de rapina. O governo do PSD/CDS, os seus ministros e o próprio Presidente da República, comportam-se cada vez mais como políticos fascistas. O PS, longe de se apresentar como um partido de esquerda e de oposição, é um partido "nim" e nem sequer apoia as moções de censura apresentadas por PCP e BE na Assembleia da República. A direção da UGT, central "sindical" amarela, cumpre o papel que tem desempenhado desde a sua fundação como travão à luta dos trabalhadores. Em Portugal, às condições objetivas juntam-se cada vez mais condições subjetivas para a solução da crise. Basta de rapina! Basta de troikas (nacional e estrangeira)!
O PS, o PSD e o CDS são os responsáveis pela situação do país, que se insere na crise mundial do capitalismo!
Deixo-vos o pensamento atento e competente de Miguel Urbano Rodrigues.
 
 
 


Che assassinado há 45 anos

Partilho convosco um post (in: otempodascerejas2 - Vitor Dias) que me deixou a pensar... há coisas que nos fazem pensar: na nossa existencia, na nossa forma de estar na vida, nos nossos objetivos, nos nossos filhos... Para entendermos verdadeiramente o mundo em que vivemos. Para nos darmos conta do que fazem os EUA/CIA para atingirem os seus objetivos, neste mundo globalizado e submetido à vontade imperial.
Ontem como hoje há mulheres e homens que não se rendem e por isso chegam a pagar com a vida na luta que movem pelas suas convicções. O exemplo de Ernesto Guevara - Che, assassinado há 45 anos.

 
 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Venezuela vota maioritariamente Chavez

Transcrevo de "ODiario.info":
 
O povo da Venezuela reelegeu ontem Hugo Chavez.
O resultado - uma confortável vitória por 10 pontos de vantagem desmentiu as sondagens divulgadas nos EUA e na Europa, que previam um empate técnico.
A campanha eleitoral transcorreu numa atmosfera de permanente tensão, no quadro de uma luta de classes como a América não conhecia desde o Chile da Unidade Popular.
O Plano B - elaborado pela CIA com aprovação do Departamento de Estado - previa que Capriles, o candidato da direita, se proclamasse vencedor no final do dia se os primeiros resultados divulgados revelassem equilíbrio. O objectivo era desencadear imediatamente acções de violência para destabilizar o país com a ajuda de paramilitares colombianos.
Os EUA investiram, indirectamente, centenas de milhões de dólares na campanha anti-Chavez. O governo de Obama no âmbito da sua estratégia imperial havia semeado bases militares na América do Sul - Colômbia (8), Paraguai, Curaçau - e enviou para a Região a IV Esquadra.
A campanha de desinformação foi minuciosamente montada. Com poucas excepções, as centenas de jornalistas norte-americanos e europeus que cobriram a eleição qualificaram as três presidências de Chavez como uma soma de fracassos que conduziram o país à beira do caos e também do comunismo. De Capriles Radonski, o candidato da oposição unificada, um multimilionário filho de um emigrante judeu polaco, os media ocidentais e os venezuelanos (sob controlo hegemónico da direita) apresentaram o perfil de um social-democrata. Ele afirmava aliás ser admirador de Lula e Dilma Rousseff. Fabricaram um líder inexistente. O ex governador do Estado de Zulia esteve envolvido no golpe de estado de 2002, participou então pessoalmente do ataque à embaixada de Cuba e desempenhou um papel de relevo no lock-out petrolífero assim como em conspirações posteriores.
A participação massiva do povo venezuelano - abstenção inferior a 20% - inviabilizou os planos da direita crioula e do imperialismo. E Capriles foi obrigado a admitir a sua derrota.
Chavez, no agradecimento ao seu povo, foi sóbrio: definiu a Venezuela «como uma das melhores democracias do mundo».
A Caracas chovem agora felicitações e palavras de estímulo. A primeira chegou da Argentina: Cristina Fernandez saudou a reeleição de Chavez como «vitória nossa, a vitória da América do Sul e das Caraíbas».
A euforia que varre agora o país e os povos latino-americanos implica grandes responsabilidades para a Venezuela Bolivariana. Chavez não ignora os enormes desafios que o esperam.
O processo revolucionário tem dependido excessivamente da sua liderança. A sua saúde inspira preocupações. No Partido Socialista Unificado da Venezuela – PSUV coexistem tendências contraditórias. Embora minoritaria, a corrente que defende reformas compatíveis com o capitalismo tudo faz para levantar obstáculos a medidas revolucionárias que abram caminho ao socialismo. O próprio discurso sobre o «socialismo do século XXI» é uma fonte de situações equívocas.
O imperialismo continua empenhado em destruir a revolução bolivariana. Mas a reeleição de Chavez teve para Washington o significado de uma grande derrota estratégica.
É compreensível o júbilo em todo o mundo das forças progressistas.
OS EDITORES DE ODIARIO.INFO
 
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"Avis rara"

O nosso país tem sido assolado nos últimos anos por diversos tipos de "avis raras", que não há meio de o povo expulsar. As "jotas" dos partidos do centrão tomaram conta dos poleiros e o disparate, ideologicamente guiado, insiste em destruir todos os "galinheiros" do país. Os culpados da "coisa" são os autores dos atos antinacionais! As "avis raras", as verdadeiras, são apenas raras e não predadoras! É por isso que aqui vos deixo esta homenagem dos Gaiteiros de Lisboa às expressões que, sendo raras,  são a recriação do que é nosso! 
 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

No “5 de Outubro” bandeira içada ao contrário: o país está dominado pelo inimigo!

As cerimónias do 5 de Outubro começaram, esta sexta-feira de manhã, com o içar da bandeira pelo Presidente da República, Cavaco Silva, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa. Mas… a bandeira estava ao contrário!
Tudo o que diz respeito à bandeira nacional tem um simbolismo e hasteá-la ao contrário não foge à regra. Em tempos, durante as grandes guerras, as bandeiras hasteadas ao contrário eram sinal de que o local estava dominado pelo inimigo, enviando um pedido de socorro. Trata-se de um sinal reconhecido ao nível internacional.
Em 2009, um programa de televisão mostrava uma imagem da bandeira nacional invertida, o que causou uma grande celeuma entre a classe política e originou mesmo um comunicado de Belém, onde se lia:
"A bandeira nacional é símbolo da soberania da República, da independência, da unidade e integridade de Portugal é a adotada pela República instaurada pela Revolução de 5 de Outubro de 1910",
O artigo 332º do Código Penal, que pune com pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias "quem publicamente, por palavras, gestos ou divulgação de escrito, ou por outro meio de comunicação com o público, ultrajar a República, a bandeira ou o hino nacionais, as armas ou emblemas da soberania portuguesa".
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Este ano, pela primeira vez desde 1910, as cerimónias não se realizaram em frente à Câmara Municipal de Lisboa. O Presidente da República Cavaco Silva escondeu-se do povo e foi comemorar à porta fecha, na Praça da Galé. O que ele teve foi medo de fazer o seu discurso à frente do povo!
E disse: “ O nosso sacrifício tem de ter um propósito e o país uma linha de rumo.” Porque não se sacrifica ele, o governo e as classes que os apoiam? E porque não segue “a linha de rumo” que milhares de portugueses lhe apontaram nas recentes manifestações do dia 15 e 29 de setembro, para não falar de outras lutas?
 
 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Viva a República!

 
 
A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano Português que, no dia 5 de outubro de 1910, destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.
A subjugação do país aos interesses coloniais britânicos[1], os gastos da família real[2], o poder da igreja, a instabilidade política e social, o sistema de alternância de dois partidos no poder (os progressistas e os regeneradores), a ditadura de João Franco[3], a aparente incapacidade de acompanhar a evolução dos tempos e se adaptar à modernidade — tudo contribuiu para um inexorável processo de erosão da monarquia[4] portuguesa do qual os defensores da república, particularmente o Partido Republicano, souberam tirar o melhor proveito[5]. Por contraponto, o partido republicano apresentava-se como o único que tinha um programa capaz de devolver ao país o prestígio perdido e colocar Portugal na senda do progresso.[6]
Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia seguinte da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa[7]. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República.[8] Entre outras mudanças, com a implantação da república, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional e a bandeira[9][10].
 
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Sobre a República, ver também:

O movimento operário português e a República

 

Transportar a alma do povo para os palcos

A convite do Jornal de Leiria, respondi da seguinte forma às questões da rúbrica "Almanaque":
 
Se fosse artista, o que seria?
Seria um daqueles que transporta a alma do povo para os palcos. Por exemplo um dos Gaiteiros de Lisboa.
O trabalho que mais gosto lhe deu fazer?
A minha tese de doutoramento. Ou a criação (que continua) do Tocándar
O espectáculo/concerto ou exposição que mais lhe ficou na memória?
O espetáculo do Tocándar no dia 12 de Agosto de 2007 em Huesca Alto Aragão), para cerca de 5.000 espetadores. É indescritível o que se sente quando uns putos da Marinha Grande atingem aquela dimensão…
O livro da sua vida
“Até amanhã camaradas”. Pelo que passaram tantos homens e tantas mulheres, por acreditarem que outro mundo é possível…
Um filme inesquecível
“Osvobojdenie” (Libetação) A luta do Exército Vermelho até ao fim da 2ª guerra mundial.
Se tivesse de escolher uma banda sonora para si, qual seria?
Carvalhesa (versão usada na Festa do Avante!)
Um artista que gostaria de ter visto actuar na Marinha Grande?
Kepa Junkera
Uma viagem inevitável
Bulgária, a minha segunda Pátria, onde passei 11 anos de estudo e de vida.
Um vício que gostava de não ter
Não tenho vícios…
Um luxo
Ter tempo livre…
Uma personalidade que admira
Álvaro Cunhal
Um ator que gostasse de levar a jantar
Zeca Medeiros (poeta, cantor, compositor, ator…)
Um restaurante da região
Fabioca (ai que petiscos!...)
Um prato de eleição
Sopa de feijão… da minha mãe! (tão simples…)
Um refúgio (na região)
Pinhal do Rei
Um sonho para a Marinha Grande
“Exército de azul e capacetes…” Para que a minha terra volte a ferver com gente e produção, dirigida por gente que interprete verdadeiramente o sentir do meu povo!