Creio que desde 25 de Abril de 1974 não se vivia uma situação em que as condições objetivas e as subjetivas estivessem tão claramente definidas. O governo, de facto apoiado ou não ostilizado no fundamental da sua política pela troika nacional (PSD, CDS e PS) e fiel embaixador da troika estrangeira, já não consegue governar. O povo, esmagado como nunca, vai demonstrando que não quer ser governado assim. Em todas as situações revolucionárias (será que não estamos à beira de uma?) os movimentos e os líderes acabam por ser, apoiados pelas massas, grandes protagonistas da história. É a eles que compete ser a vanguarda organizada. Perante esta situação objetiva, estamos na etapa em que é preciso afirmar com clareza uma alternativa que respeite os anseios do povo, protagonizada pelas forças e as personalidades que se opõe realmente a esta barbárie. É isso que devemos esperar. É isso que as massas exigem! Sem uma vanguarda respeitada, qualquer movimento está condenado a não ser o que poderia ter sido.
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Deixo à vossa consideração "As ruturas revolucionárias não são prédatadas" da autoria de Miguel Urbano Rodrigues
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