As cerimónias do 5 de Outubro começaram, esta
sexta-feira de manhã, com o içar da bandeira pelo Presidente da República,
Cavaco Silva, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa. Mas… a
bandeira estava ao contrário!
Tudo o que diz respeito à bandeira nacional
tem um simbolismo e hasteá-la ao contrário não foge à regra. Em tempos, durante
as grandes guerras, as bandeiras hasteadas ao contrário eram sinal de que o
local estava dominado pelo inimigo, enviando um pedido de socorro. Trata-se de
um sinal reconhecido ao nível internacional.
Em 2009, um programa de televisão mostrava uma imagem da bandeira nacional invertida, o que causou uma grande celeuma entre a classe política e originou mesmo um comunicado de Belém, onde se lia:
"A bandeira nacional é símbolo da soberania da República, da independência, da unidade e integridade de Portugal é a adotada pela República instaurada pela Revolução de 5 de Outubro de 1910",
Em 2009, um programa de televisão mostrava uma imagem da bandeira nacional invertida, o que causou uma grande celeuma entre a classe política e originou mesmo um comunicado de Belém, onde se lia:
"A bandeira nacional é símbolo da soberania da República, da independência, da unidade e integridade de Portugal é a adotada pela República instaurada pela Revolução de 5 de Outubro de 1910",
O artigo 332º do Código Penal, que pune com
pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias "quem
publicamente, por palavras, gestos ou divulgação de escrito, ou por outro meio
de comunicação com o público, ultrajar a República, a bandeira ou o hino
nacionais, as armas ou emblemas da soberania portuguesa".
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Este ano, pela primeira vez desde
1910, as cerimónias não se realizaram em frente à Câmara Municipal de Lisboa. O Presidente da República Cavaco Silva
escondeu-se do povo e foi comemorar à porta fecha, na Praça da Galé. O que ele
teve foi medo de fazer o seu discurso à frente do povo!
E disse: “ O nosso sacrifício tem de ter um propósito
e o país uma linha de rumo.” Porque não se sacrifica ele, o governo e as
classes que os apoiam? E porque não segue “a linha de rumo” que milhares de
portugueses lhe apontaram nas recentes manifestações do dia 15 e 29 de
setembro, para não falar de outras lutas?
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