Assistimos recentemente a duas iniciativas na marinha
Grande, que deveriam merecer o estudo adequado, de forma a tornarem-se prática
frequente. Deram eles pelos nomes de “Criativarte” e “Cantos e recantos
artísticos da Marinha Grande”. Fui testemunha do esforço, carinho e empenho que
alguns Técnicos da Câmara dedicaram a estas iniciativas, que vieram romper com
o “rame-rame” a que as políticas municipais nos tinham confinado. Há muito que
defendo a realização de eventos nas praças e jardins da nossa cidade. Os
parques têm tido alguma animação, embora sem caráter regular.
A partir destes exemplos de como se pode fazer, é chegada
a hora de as políticas municipais para a cultura, a recreação e a animação
confiarem mais na capacidade criativa dos técnicos e menos nas produções “take
away”, servidas geralmente a preços proibitivos. A partir destas iniciativas,
mesmo para os mais distraídos, ficou claro que na Marinha Grande temos muitos e
variados valores no campo das artes! Artesãos, grupos corais, orquestras,
executantes individuais, ranchos, etc. Creio haver condições para a realização
de mais iniciativas do género, porque não foram esgotados todos os recursos
artísticos existentes.
Mas é necessário dar o passo seguinte. Lanço um desafio:
para quando a realização de diversos espetáculos itinerantes, que percorram as
sedes das coletividades do nosso conselho? E é misturar fadistas com música
ligeira; piano com corais; percussão com guitarra clássica; ranchos com teatro;
gaiteiros com poesia; sempre tudo enquadrado por pequenas mostras de arte, artesanato,
licores e doces.
Em cada canto ou
recanto, há um artista escondido. E a cultura também passa pela valorização do
que o meu vizinho é capaz de fazer.
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