domingo, 28 de outubro de 2012

Na morte do camarada Fino

Quando parte um camarada, sentimos que arrancam alguma coisa de nós. O Fino impressionou-me sempre pela sua modéstia e entrega às causas que defendemos. Ele e a sua companheira fazem parte de um dos capítulos mais gloriosos da história de Portugal – a resistência e a luta antifascista. Com a partida destas gerações de comunistas, vamos ficando mais pobres. E se é certo que outros novos comunistas preenchem as fileiras, um esforço muito significativo tem de ser feito para que estes novos camaradas “entranhem” a metodologia de ação que tem garantido a identidade deste partido. Creio portanto, que a melhor homenagem às gerações de lutadores que fizeram do Partido o que ele é hoje, é defendermos a sua identidade marxista-leninista e reforçarmos as suas fileiras. Sempre no respeito pela construção coletiva da nossa proposta para “uma democracia avançada – os valores de abril no futuro de Portugal.”   E como bem dizia o poeta,

Todos vivos! Todos nossos!
Vinte trinta cem ou mil
Nenhum de vós é só ossos
Sois todos cravos de Abril!


2 comentários:

Anónimo disse...

Ainda recordo a sua serenidade e sempre com o mesmo sorriso quando entrava co CT do Partido. Contrastava já com diferenças grandes de outros que nunca tinham tempo, nem para olhar para o lado. Sempre admirei aquela serenidade, sabendo eu o passado e o que tinha sofrido no trabalho clandestino e mais nas cadeias fascistas, admirava-o muito por isso, pois sendo uma referencia nunca o vi em bicos de pés para ser visto e tantos outros que se colocavam nas costas dos camaradas.
A humildade, a serenidade, o respeito pelo próximo, são valores que nenhum comunista pode ou deve despreza.
Partiu um Comunista, um HOMEM respeitado e respeitador.
ATÉ AMANHÃ CAMARADA
Autur Marques

Unknown disse...

Conheço o Fino desde a minha infância, desde o tempo em que esteve preso nas cadeias do regime fascista, sempre tivemos uma grande ligação, quer politica, quer familiar, nos graves problemas familiares que atravessei ele foi o meu tio que disse sempre presente, depois do 25 de Abril, quando aderi ao Partido continuou a dizer que estava presente, durante vários anos fomos membros da Comissão de trabalhadores da IVIMA, e quando eu nos meus impulsos próprios da juventude fazia algo sem pensar, lá estava o Fino para me chamar à atenção, guardo dele o seu espírito combativo, mas sem nunca perder a sua ponderação e serenidade.
O Partido perdeu um dos seus melhores filhos que nunca precisou dos holofotes nem de se por em bicos de pés, tudo deu ao Partido sem nunca querer nada em troca.
Até sempre Camarada