Tem ganho cada vez mais
popularidade a promoção dos valores da proteção ambiental e da defesa do
património identitário. Surgem nas escolas e não só, programas e projetos
tendentes a educar as novas gerações para estas problemáticas, seja através de
clubes do ambiente, seja através da construção de quintas pedagógicas ou
através da criação de grupos dedicados a artes tradicionais. A nossa região,
com uma mancha florestal imensa, apresenta condições excecionais para a implementação
de um projeto que considero da maior valia para a educação cívica. Seria um
centro de interpretação ambiental e animação. Imagine-se que durante todo o ano
letivo, nas escolas se desenvolviam atividades de formação e instrução, com o
apoio dos bombeiros, da proteção civil e de instituições vocacionadas para as artes
tradicionais. E imagine-se que na Mata Nacional se instalava um centro com
capacidade para receber grupos de crianças, de jovens e até de idosos. Eis
diversas atividades que poderiam ser desenvolvidas: brigadas de vigilantes da
floresta, com funções de prevenção de incêndios, educação ambiental e
sensibilização dos frequentadores das matas para o seu usufruto saudável;
atividades relacionadas com a criação e o tratamento de animais domésticos;
atividades com danças, cantares e músicas tradicionais; atividades com
profissões em vias de extinção, designadamente as que são típicas da nossa
região; encontros “avós – netos”, com o objetivo principal de transmissão oral
das tradições; etc.
É pela
educação ambiental e pela defesa da nossa identidade que, a meu ver, passa o
traço principal que deve enformar a educação das nossas crianças e jovens. São
eles que, a par dos mais idosos, devem merecer dos poderes boa parte dos
esforços no sentido de se criarem oportunidades de fruição social.
2 comentários:
Ora aqui está uma bela ideia. Podíamos sentar-nos a falar disto, digo eu. E arranjava-te mais uns tantos florestais para o mesmo fim...
Claro que sim. É importante juntar contributos para ajudar a operacionalizar a ideia.
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