Qualquer instituição que se proponha intervir
socialmente, a qualquer nível, apresenta um plano de ação. No caso das câmaras
municipais, os documentos previsionais cumprem esse papel. Consultando esses
documentos, disponíveis no sítio da CMMG, detive-me nas Grandes Opções do
Plano. Conforme o estilo dos autarcas que nos governam em cada momento, deste
documento fazem parte, basicamente, três tipos de investimentos: investimentos
que são para concretizar; investimentos que se sabe que nunca se irão concretizar;
rúbricas que ficam ali abertas com “meia dúzia de patacos” para “inglês ver” e
à espera de melhores dias. No final de 2011, foram aprovadas as Grandes Opções
para 2012. Entrados que estamos no último trimestre do ano, bom seria que o executivo
de maioria PS nos informasse sobre qual o grau de concretização das suas
opções. É que temos visto muitíssimo pouco trabalho desenvolvido e temos
escutado vezes demais que a culpa é da chamada Lei dos Compromissos. A tal Lei que
diz que “os dirigentes, gestores e responsáveis pela contabilidade não podem
assumir compromissos que excedam os fundos disponíveis”. Creio que,
independentemente de acordos ou desacordos acerca dos princípios políticos e
ideológicos que suportam a dita lei, o que parece é que as Grandes Opções do PS
para a Marinha Grande foram um documento de mentira! Parece ter havido pouca
competência na planificação e pouca criatividade na implementação. A culpa do
não saber como fazer, vai toda e sempre para a famigerada lei! Efetivamente, obra
faz-se com dinheiro, com algum dinheiro e alguma imaginação ou apenas com
imaginação. A gestão PS do nosso concelho, que nos afunda, prometeu o céu e nem
arcaboiço teve para nos manter na terra! Perante tal situação, não posso deixar
de fazer um paralelo entre este tipo de autarcas e as centenas de ativistas
voluntários que dia a dia, ultrapassando obstáculos variados, são o coração e a
vida do nosso movimento associativo e religioso, a nossa vida coletiva. É
certamente por gente assim que passa o futuro. In: JMG 2012.10.18
2 comentários:
Inteiramente de acordo, apenas com um "pequeno" reparo, alargava o horizonte temporal da coisa e recuava também alguns anos. Acredito que não lhe seja confortável admiti-lo. Contudo, tendo em conta que é um homem inteligente e com apurado espírito crítico, por certo concordará que essa é a mais crua das realidades. Para desgraça de todos nós.
Tiro-lhe o chapeu pelo trabalho desenvolvido, assim como às centenas de voluntários que, como muito bem refere, conseguem manter a chama acesa. Mais com a imaginação do que com o pilim.
Caro Relaxoterapeuta: é evidente que estou de acordo.
Enviar um comentário